09. #PapoÍntimo com Rabino Dudu

Sandra Chayo recebeu o Rabino Dudu no episódio 09 do podcast Papo Íntimo, para uma conversa sobre os princípios do judaísmo, bem como, para esclarecer sobre o conflito entre Israel e os grupos terroristas na Faixa de Gaza.

Por que Sandra Chayo convidou o Rabino Dudu para o podcast?

A empresária Sandra Chayo explica que, embora o Papo Íntimo tenha como foco conversar com empreendedores, trouxe o Rabino Dudu para explicar sobre o judaísmo e esclarecer alguns pontos sobre a guerra em Israel.

Para ela, que é de família judia, o episódio foi uma chance de trazer mais informações sobre a criação do Estado de Israel e as raízes do conflito na região. 

Dessa forma, é possível quebrar alguns mitos em relação às ações do exército israelense e as acusações de genocídio.

A criação do Estado de Israel

Dudu Levinzon explicou que o Estado de Israel foi criado em 1948, como uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU).

De fato, a criação de um território judeu foi uma forma de reparação após o holocausto sofrido durante a Segunda Guerra Mundial.

A ONU, então, propôs a divisão do território, que hoje se divide entre Israel e Palestina, mas os muçulmanos que viviam na região não aceitaram bem a ideia. Com isso, se deu a primeira guerra na região, que terminou com a vitória de Israel.

Povo palestino

O rabino esclareceu ainda que a denominação Povo Palestino é uma criação política. Isso porque, os habitantes da região fazem parte do povo árabe, que ocupa toda a região, assim como existem judeus em todas as partes do mundo.

De acordo com ele, a permanência dessas pessoas na região se tornou uma forma de resistência em razão da discordância com a criação do Estado judeu.

Forças de Defesa de Israel

Dudu Levinzon explicou ainda que o exército de Israel atua somente para a proteção do território, daí o porquê de se chamar Força de Defesa.

Por isso, segundo ele, os israelenses nunca iniciaram uma guerra, apenas responderam aos ataques que sofreram.

Como o Rabino Dudu justifica a força do povo judeu?

O Rabino Dudu disse ainda que, apesar de todas as injustiças sofridas ao longo do tempo, o povo judeu não se vitimiza. Afinal, são sobreviventes, que buscam honrar a vida daqueles que morreram.

Isso, aliás, justifica porque tantos judeus se destacam nas artes, música e no mundo dos negócios, por exemplo.

Assim, mesmo sendo uma minoria, conseguem realizar grandes projetos, uma vez que assumem suas responsabilidades.

Por outro lado, o rabino destacou que aqueles que se mostram como vítimas recebem mais atenção e tendem a ser acolhidos.

Por isso, na opinião dele, há tantos ataques que atribuem a Israel uma postura genocida em relação aos palestinos.

Como o judaísmo enxerga a prosperidade?

Na conversa com Sandra Chayo, o líder religioso destacou ainda um dos princípios do judaísmo, que não condena a prosperidade ou a busca por alcançar uma condição melhor. 

Para ele, a ambição, quando existe com a motivação de melhoria interna e de obter melhores condições para cuidar dos seus, não é vista como um pecado.

Ao contrário, quanto mais se conquista, maiores as possibilidades de ajudar o próximo. Ele destacou ainda que a postura dos judeus em ajudar sua família e comunidade, muitas vezes é vista como egoísmo.

Mas, ressalta que para amar os outros, é essencial dedicar o mesmo carinho e dedicação ao seu núcleo, como:

• pais;
• filhos;
• parentes.

O que o Rabino Dudu explicou sobre o conceito de genocídio?

O Rabino Dudu explicou que, embora Israel seja acusado de provocar o genocídio dos palestinos, essa afirmação é equivocada. Isso porque, o conceito da palavra traduz a intenção de exterminar um certo grupo.

Isso, de acordo com ele, jamais ocorreu, pois o Estado de Israel não discrimina o povo árabe. Aliás, existem muitos muçulmanos que vivem no país, com os mesmos direitos dos judeus.

Por outro lado, a população na Palestina mais do que duplicou desde a criação do Estado israelense. Isso, por si só, mostra que não houve um extermínio na região, ao contrário do que se divulga.

Ele destacou também que, apesar de todos os esforços em tentar conciliar os dois povos, Israel continuou a sofrer ataques quase todos os dias.

Ainda assim, muitos consideram injusta a ofensiva contra a Palestina, por uma manobra da mídia.

Condutas do exército

Outro ponto que Sandra Chayo levantou é que Israel, ao efetuar bombardeios na região, envia avisos para as áreas, a fim de que civis possam sair.

No entanto, segundo o rabino, os próprios extremistas do Hamas impedem a saída dessas regiões. Isso ocorre porque as mortes de civis e crianças são usadas como forma de fazer campanha contra Israel.

Quem são os soldados de Israel segundo o Rabino Dudu?

Na entrevista, o Rabino Dudu destacou ainda que os soldados que formam a Força de Defesa de Israel são, na maioria, voluntários que voltaram ao país para defender o Estado de Israel e resgatar os reféns. 

Esses jovens, muitos deles que jamais presenciaram uma guerra, levarão na memória os traumas da violência e da morte na região. 

Já do lado do Hamas, há registros de ataques truculentos a famílias, com assassinato de crianças e violência contra mulheres, inclusive, gravados em vídeos.

Qual é a esperança do Rabino Dudu sobre o futuro?

O rabino destacou que um dos pilares do judaísmo, que está na Cabala, mostra que os momentos dolorosos podem trazer a luz, além de lições importantes para o futuro.

Nesse sentido, ele acredita que há esperança para um mundo melhor. Como destacou, a terapia por vezes traz momentos de dor para que a pessoa possa se curar e conseguir seguir em frente com plenitude.

Confira a íntegra da entrevista com o Rabino Dudu clicando neste link e também siga o perfil @papointimo.podcast no Instagram e fique sabendo sobre os próximos episódios do canal.