A importância da comunicação não-violenta nas relações pessoais

Você já ouviu falar em comunicação não-violenta? Esse conceito, que muitas vezes é abreviado como CNV, vem ganhando cada vez mais espaço quando o assunto é melhorar a qualidade das nossas relações pessoais, ou seja, com as pessoas que convivemos.

Por exemplo, no meio da correria do dia a dia, é fácil deixar que o estresse e as emoções intensas interfiram na maneira que a gente se comunica. Sabe quando você dá uma resposta grosseira para alguém mesmo sem querer? É isso!

Mas, acredite, aprender a se expressar de forma clara e respeitosa pode transformar a forma como nos conectamos com as pessoas ao nosso redor, seja nossos familiares, amigos ou no trabalho.

O que é comunicação não-violenta?

Como já falamos, a comunicação não-violenta busca transformar a maneira como nos comunicamos. Sendo assim, o objetivo principal é promover a empatia, o respeito e a compreensão mútua, evitando julgamentos, críticas e, claro, qualquer forma de violência, seja ela verbal ou emocional.

A CNV é baseada em quatro componentes principais:

• Observação: É importante aprender a observar o que realmente está acontecendo em uma situação, sem misturar com julgamentos ou opiniões pessoais. Aqui, a ideia é descrever os fatos de forma neutra.
• Sentimentos: Reconhecer e expressar como você se sente em relação ao que observou. Pode ser algo como “eu me sinto triste”, “eu me sinto frustrada”, ou “eu me sinto feliz”.
• Necessidades: Identificar quais são as suas necessidades que estão por trás desses sentimentos. Muitas vezes, o que está por trás de uma briga ou desentendimento são necessidades não atendidas.
• Pedidos: Fazer pedidos claros e específicos, que possam ajudar a atender as suas necessidades, sem exigir ou impor algo ao outro.

Como a comunicação não-violenta pode melhorar os relacionamentos?

Agora que você já sabe o que é a CNV, olha só alguns dos benefícios:

Melhora o entendimento entre você e as pessoas

Quando você pratica a comunicação não-violenta, passa a se comunicar de forma mais clara e honesta, o que facilita o entendimento entre as pessoas. Dessa forma, no lugar de partir para acusações ou críticas, você expressa seus sentimentos e necessidades, o que abre espaço para um diálogo mais construtivo.

Reduz conflitos

Ao evitar julgamentos e acusações, a CNV ajuda a reduzir a intensidade dos conflitos. Assim, em vez de uma conversa virar uma briga, as pessoas envolvidas podem encontrar soluções juntos, de maneira respeitosa e empática.

Fortalece os laços afetivos

Outro ponto é que a CNV promove a empatia e a conexão emocional. Ou seja, quando você se comunica de forma não-violenta, você demonstra respeito pelos sentimentos e necessidades do outro, o que fortalece os laços afetivos e constrói relações mais saudáveis.

Como praticar a comunicação não-violenta no dia a dia?

Em primeiro lugar, preste atenção nas suas palavras. Por exemplo, antes de responder a uma situação que te deixou chateada ou irritada, respire fundo e pense em como você pode expressar o que sente de maneira respeitosa. Assim, vai manter uma comunicação não-violenta evitando acusações ou palavras desnecessárias.

Depois, ouça as pessoas com empatia. Então, quando alguém estiver falando, procure realmente ouvir o que a pessoa está dizendo, sem interromper, mostrando que você se importa com o que ela sente.

Além disso, não tenha medo de falar sobre como você se sente. Se algo te incomodou, fale de maneira clara e objetiva, sem culpar o outro. Lembre-se de que expressar seus sentimentos é importante para manter a comunicação sempre aberta e saudável.

Por fim, faça pedidos claros. Ou seja, se você precisa de algo, seja específica. Em vez de dizer “você nunca me ajuda na cozinha”, experimente algo como “eu gostaria que você me ajudasse a arrumar a cozinha depois do jantar”.

Lembre-se de que a comunicação é a base de qualquer relacionamento, e praticar a CNV pode fazer uma grande diferença na maneira como você se relaciona com as pessoas ao seu redor!

Foto de Capa: Brooke Cagle na Unsplash/Reprodução.